quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nothing to kill or die for


Ontem, 08 de dezembro, fez 30 anos da morte de John Lennon. Pra mim, Lennon sempre foi uma figura não muito definida. Nunca consegui vê-lo como um ex-Beatle. A figura que tenho dele é tão ligada àquela época cabelos e barba longos que custo a relacioná-lo à fase iê-iê-iê. Talvez por isso, quando penso em Beatles, penso em Paul. E por causa da influência de Yoko Ono, sempre considerei que poderia existir um limite entre a bondade de criar um mundo melhor de um jeito Gandhi pós-moderno, e a verve de artista performática de Yoko. Enfim, certo é que o que mais me marcou na história de Lennon foi a loucura de seu assassino Mark Chapman.
Chapman, um autêntico loser americano, era muito fã dos Beatles. Até aí, nenhuma novidade para um grupo que vendeu 1,5 bilhões de discos. Só que ele viu numa passagem de "O apanhador no campo de centeio", de J. D. Salinger, uma mensagem que dizia que ele teria que matar John Lennon. Eu não li o livro, mas garanto que não tem esse trecho lá!
Enfim, Chapman passou alguns dias na porta do prédio de Lennon. Levou o livro, um disco, e o revólver. Enquanto esperava sua vítima, leu trechos de "O apanhador..." como um fanático que lê os textos sagrados. Numa noite, parou John e pediu um autógrafo, prontamente atendido de maneira simples e cordial, como é possível ver na foto acima. John saía para ir ao estúdio e jantar com amigos.
Ao voltar, levou 5 tiros de Chapman.
O sonho acabou...

  © Blog 'Croquis' Bahia Vitrine 2009

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