terça-feira, 8 de novembro de 2011

Os bandidos da USP, o ódio, e a psicopatia ideológica

À esquerda, os invasores pintam seu pensamento. À direita, obra genial de Banksy.


A USP presenciou dias de extrema barbárie patrocinada por um grupo de bandidos alimentados pela psicopatia ideológica da tal luta de classes. Entre moletons importados e camisetas do PCO, proferiam aquela mesma ladainha cheia de jargões e clichês que caducaram antes mesmo de algum dia fazer sentido. Esse papo de combater a opressão-do-capital-imperialista-burguês me dá uma preguiça danada... Nesses dias de chuva então.. Mas, vamos lá.

A psicopatia é um distúrbio que tem como característica uma disfunção moral. O psicopata compreende plenanente o que se passa a seu redor, ele não é louco, ele apenas conduz as coisas de maneira a obter sempre o resultado que deseja, sem se preocupar com as consequências. Ele não tem freios morais. Tanto assim que é considerado um transtorno de personalidade dissocial. Como bem definiu Philippe Pinel no seu "A Treatise on Insanity": "Nenhuma mudança sensível nas funções do entendimento, mas com uma perversão das faculdades ativas, marcada por uma fúria sanguinária e transcendente, com uma cega propensão a atos de violência". Atualmente, pela Classificação Internacional de Transtornos Psíquicos (CID), algumas características deste transtorno são:

- Clara e constante falta de responsabilidade e desacato às normas sociais, regras e obrigações.
- Pouquíssima tolerância a frustrações e tendência ao comportamento agressivo e violento.
- Incapacidade de experimentar consciência de culpa ou de aprender com a experiência e, principalmente, com penalidades.
- Tendência a culpar os outros e a dar explicações superficiais do próprio comportamento condenável.

No site do PCO, muito benquisto pelos invasores da USP, logo de cara temos o (des)prazer de ver uma foto do grande humanista Leon Trotsky. Uma das obras da figura é " A Moral e a Revolução". Lá no capítulo 16, lê-se:

"Na luta de classes contra o capitalismo, são permissíveis todos os meios? A mentira, a falsificação, a traição, o assassínio, etc?
São admissíveis e obrigatórios apenas os meios que aumentam a coesão do proletariado, inflamam sua consciência com um ódio inextinguível para com toda forma de opressão, ensinam-lhe a desprezar a moral oficial e seus arautos democráticas, dão-lhe plena consciência de sua missão histórica e aumentam sua coragem e sua abnegação. Donde se conclui, afinal, que nem todos os meios são válidos".

Entenderam? Ele não condenou o terrorismo. Apenas condenou o terrorismo que não serve à causa. Como um psicopata, Trotsky desconsidera os valores morais, relativizando-os de acordo com seu interesse próprio. Assim orientados, os bandidos da USP acham que invadir prédio público, depredar patrimônio, descumprir ordem judicial e carregar coquetéis molotov na mochila são coisas "admissíveis e obrigatórias", desde que sejam feitas a favor das suas ideias.

Os invasores, numa "clara falta de responsabilidade e desacato às normas sociais", mostraram que têm "pouquíssima tolerância a frustrações" e demonstraram todo o seu "comportamento agressivo e violento". Mas, por "incapacidade de experimentar consciência de culpa ou de aprender com penalidades", tentarm se fazer de vítimas, acusando a polícia de violência psicológica, numa clara tentativa de "culpar os outros e a dar explicações superficiais do próprio comportamento condenável". Opa, acho que já li isso antes!

Se alunos de Letras, Filosofia e Sociologia usam coquetéis molotov para argumentar, há algo de muito errado...

  © Blog 'Croquis' Bahia Vitrine 2009

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