segunda-feira, 5 de abril de 2010

A arte por um hífen

Uma escultura de Rebecca Warren

A arte não está por um fio. Está por um hífen mesmo. Vou explicar. Antes, leiam este trecho publicado pelo site G1:
A artista londrina Rebecca Warren, que concorre neste ano a um dos prêmios mais badalados da arte contemporânea, o Turner Prize, na Inglaterra, acaba de criar uma instalação que leva o que o público leigo chamaria de "lixo". São restos que ela encontrou no chão de seu ateliê e da rua onde ele fica.
Pois é... Percebam o detalhe mais importante da matéria, a palavra "leigo". Ao classificar o público desta maneira, os artistas criam uma blindagem contra críticas. Afinal, você só enxerga o lixo porque é leigo. Logo, sua cara feia é ignorância. Esse é o truque da arte atual. O importante não é o que está exposto, é a explicação do artista. É como um placebo, onde o importante é a bula. Como é vazia de valores próprios, apóia-se nas longas teorias incompreensíveis. Ou seja, tudo muito vazio e muito prolixo. Prolixo, mas bem poderia ser pró-lixo. A arte precisa de uma reforma ortográfica urgente. Ela está por um hífen...

  © Blog 'Croquis' Bahia Vitrine 2009

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